Numa alusão à iniciativa lançada pelo Município de Paredes em 2006, que permitiu a criação da primeira unidade industrial de raiz no sector do mobiliário em Timor-Leste, João Mendes Gonçalves garante que o Centro Tecnológico de Baucau – Rota dos Móveis “é um dos melhores e mais entusiasmantes exemplos de cooperação entre os dois países. E é por isso que fiz questão de vir aqui a Paredes agradecer o extraordinário apoio que temos recebido deste Município, aproveitando também a oportunidade para desafiar o seu presidente a organizar uma missão empresarial a Timor-Leste já no próximo ano”, revelou o ministro.
Nesta que já foi a sua segunda visita ao Município de Paredes no espaço de sensivelmente um ano, João Mendes Gonçalves aproveitou o encontro de ontem com Celso Ferreira para realizar um balanço de todo o material recolhido pela autarquia no âmbito da Conferência de Doares por Timor que o Município de Paredes organizou em Outubro do ano passado.
“No total, superámos os três milhões de euros, numa resposta que superou as nossas melhores expectativas, já que reunimos uma lista muito diversa de equipamentos, bens e serviços, incluindo ofertas de formação no valor de um milhão de euros”, recordou o autarca de Paredes, fazendo votos que “outros municípios portugueses possam replicar de futuro este modelo de cooperação com Timor-Leste em outros sectores da actividade económica”.
Na verdade, tem sido precisamente essa a ideia deixada por José Mendes Gonçalves nos vários encontros bilaterais que tem vindo a desenvolver ao longo desta sua visita a Portugal.
Com efeito, o ministro tem procurado sensibilizar os empresários portugueses a investir naquele país: “Apesar de ser uma nação jovem, Timor-Leste tem um potencial extraordinário de acesso ao mercado internacional, contando com acordos comerciais muito vantajosos com os Estados Unidos, a União Europeia, Austrália, China e Índia”, enumerou.
“As nossas leis tributárias são das mais competitivas do sudoeste asiático, pelo que Timor-Leste pode muito bem vir a ser a ponte de acesso ao mercado asiático para as pequenas e médias empresas portuguesas que entendam aproveitar esta oportunidade”, frisou ainda o ministro “Da nossa parte, tudo faremos para sensibilizar os nossos empresários a olharem para este país como uma oportunidade no meio desta crise, aproveitando as vantagens que ali existem ao nível das taxas alfandegárias e repatriamento de capitais. É um país ainda com muitas necessidades, mas que está a crescer a um ritmo elevado, oferecendo oportunidades em múltiplos sectores de actividade”, referiu, por sua vez, Celso Ferreira, no final do encontro com o ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste.
Fonte: http://www.averdade.com