De acordo com o Diário Económico, os conflitos no Médio Oriente podem provocar uma ruptura nas exportações dos países produtores e provocar um choque petrolífero.
O alerta é dado pelos especialistas do Nomura, que avisam ainda para a possibilidade de a produção de petróleo poder descer para os níveis da altura da Guerra do Golfo.
Segundo os analistas do banco nipónico, "se a Líbia e a Argélia interrompem a produção de petróleo ao mesmo tempo, os preços deverão disparar acima dos 220 dólares o barril, sendo que a capacidade de produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) deverá ser reduzida para 2,1 milhões de barris diários, valores idênticos aos vistos durante a Guerra do Golfo e quando os preços chegaram a bater os 147 dólares, em 2008", lê-se na nota do banco japonês, libertada ontem.
A OPEP tem, actualmente, uma capacidade de produção na ordem dos 5 milhões de barris diários, segundo a Agência Internacional de Energia. A Argélia produziu, no mês passado, 1,25 milhões de barris de petróleo por dia, enquanto a produção líbia ascendeu aos 1,59 milhões de barris diários, informa o Diário Económico.
"A comparação mais óbvia é com os anos da Guerra do Golfo", durante a qual a capacidade de produção da OPEP caiu para 1,8 milhões de barris e o preço do petróleo disparou 130% em sete meses, lê-se no mesmo documento, citado pela Bloomberg.
No entanto, o banco diz ainda que esta previsão dos 220 dólares pode ficar abaixo da realidade, tendo em conta que os especuladores de mercado são agora muito mais activos do que há vinte anos.Há uma semana que a Líbia enfrenta violentos protestos contra o Governo de Kadhaffi, no poder há 41 anos, tal como acontece na Argélia.
No entanto, neste último país a situação está bastante mais controlada, tendo mesmo sido levantado, ontem, o estado de emergência que tinha sido decretado dias antes.Na sessão de ontem o barril de 'brent', a referência para as importações portuguesas, já esteve a negociar acima dos 111 dólares, em Londres. Em Nova Iorque o ‘crude' aproxima-se dos 100 dólares.
**SAPO Timor Leste com Diário Económico
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