Europa e Ásia Unidos Contra a Crise
09h20m
Cerca de 40 chefes de Estado e de governo vão reunir-se sexta-feira e sábado em Pequim, numa cimeira euro-asiática dominada pela crise financeira global e o espectro da recessão nos países desenvolvidos.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que detém a presidência da União Europeia, já anunciou que irá tentar convencer a Índia e a China - as duas maiores economias emergentes - a participarem num cimeira mundial para reformar o sistema financeiro internacional.
Trata-se da maior crise do género registada nas últimas décadas e já provocou também um abrandamento da própria economia chinesa, cujo crescimento deverá descer este ano de 11,4 para 9,7 por cento.
A 7ª edição da ASEM (Encontro Ásia-Europa) será "uma plataforma perfeita" para debater formas de vencer a crise e de "reforçar a cooperação internacional", disse um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Sobre o contributo chinês no esforço internacional preconizado pelos líderes da União Europeia e dos Estados Unidos para estabilizar o sistema financeiro, o porta-voz afirmou que a China tomou "uma atitude responsável e construtiva".
Mas - acrescentou - "os interesses e preocupações dos países em vias de desenvolvimento deverão ser plenamente respeitados e salvaguardados".
Criada há 12 anos, a ASEM reúne hoje os 27 membros da União Europeia, os dez da Associação das Nações do Sueste Asiático (Birmânia, Brunei, Cambodja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname) e ainda a China, Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Índia e Mongólia.
A semana passada, chefes de Estado e de governo de 38 países - um número recorde na história da ASEM - já tinham confirmado a sua participação na reunião.
Portugal estará representado pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, que chegará a Pequim quinta-feira à noite (hora local), vindo de Macau.
Mais de 1.700 jornalistas e outros profissionais da comunicação social estão acreditados para a cobertura do evento, que decorrerá no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, sob o lema "Acção e Visão: Rumo a uma Solução Mutuamente Vantajosa".
É também a segunda grande reunião internacional organizada pela China depois dos Jogos Olímpicos de Pequim e dos Paralimpicos, que decorreram de 8 de Agosto a 17 de Setembro.
As cimeiras da ASEM - um fórum de diálogo inter-governamental destinado a "forjar uma nova parceria global" entre os dois continentes - realizam-se de dois em dois anos, na Europa ou na Ásia, alternadamente.
A primeira decorreu em Banguecoque, em 1996 (quando a UE tinha apenas 15 membros), seguindo-se Londres, Seul, Copenhaga, Hanói e Helsínquia.
Pelas contas de Bruxelas, nos últimos sete anos, o comércio entre a União Europeia e os 16 países asiáticos da ASEM aumentou 60 por cento.
Em 2007, as exportações europeias para aqueles países, encabeçadas pela Alemanha, somaram 228 mil milhões de euros e as importações 459 mil milhões de euros.
O défice dos 27 é especialmente expressivo em relação à China, que representa cerca de um terço de todo o comércio entre a UE e os 16 países asiáticos da ASEM.
Cerca de 40 chefes de Estado e de governo vão reunir-se sexta-feira e sábado em Pequim, numa cimeira euro-asiática dominada pela crise financeira global e o espectro da recessão nos países desenvolvidos.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que detém a presidência da União Europeia, já anunciou que irá tentar convencer a Índia e a China - as duas maiores economias emergentes - a participarem num cimeira mundial para reformar o sistema financeiro internacional.
Trata-se da maior crise do género registada nas últimas décadas e já provocou também um abrandamento da própria economia chinesa, cujo crescimento deverá descer este ano de 11,4 para 9,7 por cento.
A 7ª edição da ASEM (Encontro Ásia-Europa) será "uma plataforma perfeita" para debater formas de vencer a crise e de "reforçar a cooperação internacional", disse um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Sobre o contributo chinês no esforço internacional preconizado pelos líderes da União Europeia e dos Estados Unidos para estabilizar o sistema financeiro, o porta-voz afirmou que a China tomou "uma atitude responsável e construtiva".
Mas - acrescentou - "os interesses e preocupações dos países em vias de desenvolvimento deverão ser plenamente respeitados e salvaguardados".
Criada há 12 anos, a ASEM reúne hoje os 27 membros da União Europeia, os dez da Associação das Nações do Sueste Asiático (Birmânia, Brunei, Cambodja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname) e ainda a China, Japão, Coreia do Sul, Paquistão, Índia e Mongólia.
A semana passada, chefes de Estado e de governo de 38 países - um número recorde na história da ASEM - já tinham confirmado a sua participação na reunião.
Portugal estará representado pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, que chegará a Pequim quinta-feira à noite (hora local), vindo de Macau.
Mais de 1.700 jornalistas e outros profissionais da comunicação social estão acreditados para a cobertura do evento, que decorrerá no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, sob o lema "Acção e Visão: Rumo a uma Solução Mutuamente Vantajosa".
É também a segunda grande reunião internacional organizada pela China depois dos Jogos Olímpicos de Pequim e dos Paralimpicos, que decorreram de 8 de Agosto a 17 de Setembro.
As cimeiras da ASEM - um fórum de diálogo inter-governamental destinado a "forjar uma nova parceria global" entre os dois continentes - realizam-se de dois em dois anos, na Europa ou na Ásia, alternadamente.
A primeira decorreu em Banguecoque, em 1996 (quando a UE tinha apenas 15 membros), seguindo-se Londres, Seul, Copenhaga, Hanói e Helsínquia.
Pelas contas de Bruxelas, nos últimos sete anos, o comércio entre a União Europeia e os 16 países asiáticos da ASEM aumentou 60 por cento.
Em 2007, as exportações europeias para aqueles países, encabeçadas pela Alemanha, somaram 228 mil milhões de euros e as importações 459 mil milhões de euros.
O défice dos 27 é especialmente expressivo em relação à China, que representa cerca de um terço de todo o comércio entre a UE e os 16 países asiáticos da ASEM.
Sem comentários:
Enviar um comentário