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terça-feira, 30 de dezembro de 2008
OGE 2009: Quadro Global
Informação "Distrital" no OGE2009
Para que seja possível efectuar algumas comparações apresentamos também a estrutura da distribuição distrital da população do país (Censo de 2004) bem como a distribuição dos funcionários (dados citados na referida "Exposição").
Apresentamos também as "despesas per capita"; note-se que se trata apenas de uma indicação genérica já que as despesas serão de 2009 e a população era a de 2004 (na última linha está este valor per capita transformado em índice com a média de Timor Leste = 100).
Deixamos ao leitor o trabalho de tentar "ler" os números apresentados. Apresentamos apenas alguns exemplos:
a) O distrito de Viqueque é aquele em que as despesas com "capital de desenvolvimento" são mais importantes; em Ermera, por exemplo, as mais importantes serão as transferências para os antigos combatentes.
b) estas transferências para combatentes residentes em Ermera são as mais importantes do conjunto das transferências para os antigs combatentes já que os "ermerenses" (?) receberão quase 1/3 do total das transferências a efectuar --- os 32,4% podem ser comparados com os 13,8% que representa a população do distrito na população total do País (na verdade "total" menos a população de Dili, que era em 2004 de quase 180 mil hab).
c) note-se que Baucau. com 13,5% da população dos 12 distritos tem 14,9% do total de funcionários públicos; por sua vez, Liquiçá, com 7,4% da população tem 6,2% dos funcionários.
d) finalmente, repare-se que Viqueque terá uma despesa per capita 58% superior à da média nacional (índice 158 na base Timor Leste=100).
Liquiçá, por sua vez, terá uma despesa per capita que será apenas pouco mais de 3/4 (77%) da média nacional (97 USD/per capita contra os 125 da média nacional e os 198 USD/pessoa de Viqueque).
Este indicador pode ser usado como um indicador da distribuição de recursos numa perspectiva de maior equilíbrio do desenvolvimento regional.
Já temos referido noutras ocasiões que esta (desenvolvimento regional) é uma área da política (económica e não só) que deveria merecer mais atenção por parte de quem de direito.
Fonte:por A. M. de Almeida Serra
sábado, 27 de dezembro de 2008
Nobel da Economia acredita que crise está longe do fim
Por Lusa, PÚBLICO
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
East Timor 'at risk of anarchy' says UN report
Article from: The Australian
The leaked copy of the security assessment, by the UN Department of Peacekeeping Operations and dated December 1, warns that the troubled half-island nation remains vulnerable to rapid political collapse.
Australia was forced to send in peacekeepers after the capital Dili exploded into violence in May 2006 when an armed forces mutiny pitted ethnic easterners against ethnic westerners.
The violence led to dozens of deaths, the ousting of the Alkatiri government and tens of thousands of people being left homeless.
The report was prepared as part of the UN's evaluations on the future of its peacekeeping operations in the country.
It recommends UN forces remain in the country despite growing pressure from within East Timor for them to depart.
The report is a frank admission of failure by the world body and donors, including Australia, to build a credible and effective police force and judicial system in East Timor.
While focusing mainly on the country's security sector, it sketches a depressing picture of a senior political leadership riven by internal bickering.
The report says political stability in the country continued to depend on the "personal chemistry" of the four leading state actors: Prime Minister Xanana Gusmao, President Jose Ramos Horta, Fretilin opposition leader Mari Alkatiri and army chief Tuar Matan Ruak.
Mr Gusmao is facing a political balancing act, with Timor's economic outlook weakening because of the collapse of oil prices sparked by the global financial crisis.
Despite this, Mr Gusmao must deliver on the need to improve "dismal" socio-economic conditions in the country while trying to strengthen law and order.
"In order to solidify the precarious social conditions, the country may need a special massive employment generation project(s), for example in areas of infrastructure building and agriculture," the report states.
"With regard to the security institutions, there will be no easy choices, and donors should be prepared to provide new reinvigorated assistance in the security area while the Government continues to be under pressure to redeem on its social promises."
While there had been some successes, attempts to create a credible and unified national police force had failed.
"Tremendous institutional gaps persist, including weak management and command and control, lack of core capacities (eg investigations) and an almost total absence of logistics and systems maintenance capacity."
The report describes as "most troubling" the fact the local police appeared to have no budget and noted rising tensions with UN police stemming from unrealistic demands by the Timorese for a bigger policing role.
The Australian Defence Force Academy's East Timor expert, Clinton Fernandes, said time was running out to fix East Timor's legal system.
"Out in the districts, people are just waiting for the next crisis before they start taking action with their own hands," he said.
"I actually see the place cracking and I think the UN report is spot on."
East Timor's court system also attracted a scathing review. The report called for an independent review of the entire Timorese justice sector.
Courts are choked with a backlog of more than 5000 cases, a problem exacerbated by an "acute shortage of judges, legal defenders and rehabilitated court structures" and, apparently, language.
The Government's insistence on the use of Portuguese as an official language means more court bottlenecks because of a requirement for multiple translation services.
While most East Timorese speak native Tetum or Indonesian, few except for the political elite speak Portuguese, the language of the former colonial power.
A demand by Mr Ramos Horta that all court cases be presided over by East Timorese judges from June next year is likely to further stall the delivery of justice, it says.
Portuguese-speaking international judges currently act in a mentoring role and sit with Timorese on cases.
Fonte:http://www.theaustralian.news.com.au/story/0,25197,24835967-31477,00.html
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Banco Mundial prevê dificuldades económicas em 2009
O responsável divulgou na semana passada um relatório com a previsão de crescimento para o PIB mundial na ordem dos 0,9% para o próximo ano, com uma queda no volume de comércio de 2,1%, o primeiro retrocesso em 26 anos.
Para Zoellick, as principais dificuldades de negociações entre os vários países envolvem as reclamações de grandes países emergentes – como a China, a Índia e o Brasil – de uma abertura maior dos mercados agrícolas da Europa e Estados Unidos, que por sua vez exigem mais acesso para os seus produtos industriais no resto do planeta
domingo, 21 de dezembro de 2008
O comércio externo de Timor Leste em 2008
As "importações comerciais" excluem o valor das importações de bens para uso das Embaixadas e das forças militares estrangeiras bem como o dos bens importados pela UN e suas agências.
De notar o padrão resultante da análise do gráfico: as importações no segundo semestre aumentaram bastante relativamente às do primeiro semestre. Justificação para tal? Parte dela surge mais adiante mas outra é, quase de certeza, o facto de em Julho, no início do segundo semestre, ter entrado em vigor a nova pauta aduaneira, com taxas alfandegárias muito mais baixas que anteriormente e, por isso, mais favoráveis a um aumento das importações. O resultado aí está...Dos 203 milhões de USD das importações, 59,3 milhões (29%) foram de combustíveis e 31,7 milhões foram de veículos (15,6%).
Quer um valor quer outro parecem-nos muito elevados para uma economia com o grau de desenvolvimento de Timor Leste mas o primeiro está justificado, em boa parte, pelo aumento do preço internacional dos combustíveis que se verificou na maior parte do ano.
A descida que o gráfico ilustra em Setembro e nos meses posteriores justifica-se pela queda do preço dos combustíveis no mercado internacional.
A terceira rubrica mais importante nas importações foi a dos cereais, em que se inclui o arroz. Os quase 18 milhões de USD (quase 9% do total) que se gastaram resultam, em boa parte, da subida do preço do arroz no mercado internacional, que atingiu o seu máximo em Maio passado (772 USD/Ton; 365 em Janeiro e 320 em Novembro).
Note-se que só estas importações correspondem a quase o dobro do total das exportações!Note-se no gráfico abaixo a grande instabilidade dos valores mensais, que deve estar associada ao "tempo"/momento em que são assinados os contratos do Governo com os importadores e as decisões de importação destes.Infelizmente não temos dados que nos permitam testar a hipótese de Timor Leste estar, EVENTUALMENTE, a pagar mais pelo arroz importado do que o necessário devido ao facto de os contratos entre o governo e os abastecedores serem efectuados num momento em que os preços no mercado internacional estão mais altos, sendo depois a compra por estes efectuada algum tempo depois, quando o preço já desceu, como tem vindo a acontecer desde Maio passado.
Os importadores de arroz "do Governo" poderão (sublinho a palavra "poderão"), pois, estar a beneficiar do facto de fazerem contratos com o Governo num período em que o preço internacional está mais alto do que aquele que depois vão pagar aos produtores.
Um exemplo: se entre o momento do contrato e o momento em que o importador assina o seu contrato com o fornecedor decorrer um prazo de 2 meses, isso significa, tomando o exemplo de Julho e Setembro passados, que o arroz "caíu" entretanto quase 100 USD por tonelada que reverte a favor do importador timorense... Tema a aprofundar...
Infelizmente também não temos --- ai a distância!... --- informações sobre a evolução dos preços do arroz nacional para ver se ele tem tido nos mercados do país (nomeadamente de Dili) um comportamento semelhante ao do mercado internacional e do arroz "do Governo".Sabendo-se, porém, a grande rigidez (na subida e na descida) que os preços de bens nacionais costumam apresentar devido a uma boa dose de "ilusão monetária" dos agentes económicos, não nos custa admitir como muito provável que o diferencial entre o preço do arroz importado e do arroz produzido internamente é agora ainda maior do que era há alguns meses atrás.
O que é um desincentivo aos agricultores nacionais tanto maior quanto o mercado está fundamentalmente a absorver arroz "do Governo", agora ainda mais barato.
Na verdade mais barato do que o preço do arroz quando toda esta "bagunça" com os seus preços começou...
Fonte:por A. M. de Almeida Serra
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Paul Krugman: crise financeira poderá ir além de 2011
Por Lusa
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Um Bom Exemplo!
Fonte:A. M. de Almeida Serra
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Timor-Leste: João Gomes Cravinho visita Díli para lançar projecto de desenvolvimento
Trata-se do programa "Mós Bele -- Cluster da Cooperação Portuguesa em Timor-Leste", que visa o "desenvolvimento e bem-estar das populações da zona de Ermera e Liquiçá", as quais "vivem essencialmente da agricultura, em particular, da produção de café e especiarias", segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O projecto, que será lançado quinta-feira, em Maubara, a oeste de Díli, é co-financiado pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) em cerca de um milhão de euros e "irá desenvolver-se, numa primeira fase, ao longo de três anos".
"O Cluster da Cooperação constitui um dos três eixos prioritários do Programa Indicativo de Cooperação 2007-2010, entre Portugal e Timor-Leste, e visa a criação de valor sustentável numa região definida, através da integração de diversos projectos e programas de cooperação para o desenvolvimento", indicou a embaixada de Portugal em Díli.
Em comunicado divulgado na altura, o Governo timorense salientou que "a educação, saúde, agricultura, género, desenvolvimento do sector privado e juventude serão os sectores de actividade abrangidos pelo programa".
São "considerados sectores complementares de suporte a administração do sector público, o abastecimento de água e saneamento, a energia, os transportes e as telecomunicações", ainda segundo o executivo timorense.
Quarta-feira, em Díli, João Gomes Cravinho participará na abertura do I Congresso de Ciências da Saúde de Timor-Leste, que conta com o apoio do IPAD e da Fundação Calouste Gulbenkian.
O programa da visita oficial de João Gomes Cravinho prevê encontros com o Presidente timorense, José Ramos-Horta, o primeiro-ministro Xanana Gusmão, o líder da Fretilin (oposição), Mari Alkatiri, e o bispo de Díli, D. Alberto Ricardo.
O secretário de Estado português tem igualmente previstos encontros com o chefe da delegação da Comissão Europeia em Díli, Juan Carlos-Rei, e o representante do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Balança de Pagamentos de Tmor Leste, 2006 e 2007
Fonte:A. M. de Almeida Serra