Notícias Lusófonas – 27 – May – 2009
A Austrália quer “o tudo, ou nada” de Timor-Leste com a chegada a Díli, na quinta-feira, de uma delegação empresarial do Território do Norte que vai oferecer parcerias em sectores estratégicos do desenvolvimento. A missão, composta por meia centena de empresários pretende apostar em primeiro lugar no promissor “sector do turismo”, identificado pelo embaixador australiano em Díli, Peter Weyward, em declarações feitas hoje à Agência Lusa.
Os empresários australianos querem tirar dividendos do sector do turismo, mas “a construção das infra-estruturas fica a cargo dos timorenses”, garantiu o diplomata.
Outros sectores a apostar, segundo o embaixador, são os da construção civil, barragens, represas, sistemas de irrigação, estradas e pontes.
Os transportes vêem a seguir, mas com a exploração em regime de “outsourcing”. O sector das telecomunicações em Timor-Leste, que a Austrália teve na mão e perdeu para o monopólio da Timor Telecom (PT), contratualmente até 2017, é apetecido “só se for liberalizado” em 2010, como parece ser vontade do Governo de Xanana Gusmão, disse o embaixador.
Um “interessa natural” é depositado também no sector da banca em Timor-Leste, onde “o ANZ é o principal operador em ATM”, referiu. “Será possível a criação de um banco de desenvolvimento, a Austrália está interessada se o Governo timorense criar condições, ainda que por ora não seja determinante”, acrescentou o diplomata. Esta reserva de Peter Weyward tem explicação no facto de o país, independente apenas desde 2002 e que entretanto atravessou três profundas crises internas, a mais grave das quais em 2006-2007, ainda se encontrar na fase da construção das suas instituições.
Finalmente, o sector do petróleo e gás natural, tendo o embaixador admitido “motivos de esperança” para que o consórcio do Greater Sunrise entre num projecto para levar um “pipeline” até ao sul de Timor-Leste.
A Austrália quer “o tudo, ou nada” de Timor-Leste com a chegada a Díli, na quinta-feira, de uma delegação empresarial do Território do Norte que vai oferecer parcerias em sectores estratégicos do desenvolvimento. A missão, composta por meia centena de empresários pretende apostar em primeiro lugar no promissor “sector do turismo”, identificado pelo embaixador australiano em Díli, Peter Weyward, em declarações feitas hoje à Agência Lusa.
Os empresários australianos querem tirar dividendos do sector do turismo, mas “a construção das infra-estruturas fica a cargo dos timorenses”, garantiu o diplomata.
Outros sectores a apostar, segundo o embaixador, são os da construção civil, barragens, represas, sistemas de irrigação, estradas e pontes.
Os transportes vêem a seguir, mas com a exploração em regime de “outsourcing”. O sector das telecomunicações em Timor-Leste, que a Austrália teve na mão e perdeu para o monopólio da Timor Telecom (PT), contratualmente até 2017, é apetecido “só se for liberalizado” em 2010, como parece ser vontade do Governo de Xanana Gusmão, disse o embaixador.
Um “interessa natural” é depositado também no sector da banca em Timor-Leste, onde “o ANZ é o principal operador em ATM”, referiu. “Será possível a criação de um banco de desenvolvimento, a Austrália está interessada se o Governo timorense criar condições, ainda que por ora não seja determinante”, acrescentou o diplomata. Esta reserva de Peter Weyward tem explicação no facto de o país, independente apenas desde 2002 e que entretanto atravessou três profundas crises internas, a mais grave das quais em 2006-2007, ainda se encontrar na fase da construção das suas instituições.
Finalmente, o sector do petróleo e gás natural, tendo o embaixador admitido “motivos de esperança” para que o consórcio do Greater Sunrise entre num projecto para levar um “pipeline” até ao sul de Timor-Leste.
“Mas o Governo timorense terá de dar o primeiro passo porque este processo, até agora, não passou da declaração de intenções”, frisou. Peter Weyard alertou para o “impacte ambiental” que gerará um “pipeline” até solo timorense.
“Timor-Leste está no arco de segurança da Austrália e esta é a perspectiva para uma relação sustentável”, vincou. O diplomata valorizou o triângulo de cooperação formado pela Austrália, Timor-Leste e Indonésia e reconheceu o papel desempenhado por Portugal.
“Timor-Leste está no arco de segurança da Austrália e esta é a perspectiva para uma relação sustentável”, vincou. O diplomata valorizou o triângulo de cooperação formado pela Austrália, Timor-Leste e Indonésia e reconheceu o papel desempenhado por Portugal.
Por seu turno, o vice-primeiro-ministro timorense, José Luís Guterres afirmou que a ofensiva empresarial australiana é uma oportunidade para “incrementar ainda mais a boa relação” com aquele país, em particular com o Território do Norte (Darwin), cujo ministro local também visita Timor-Leste.
“A política do Governo timorense está orientada para o encorajamento dos negócios com a Austrália e Indonésia - parceiros regionais -, e com Portugal”, o parceiro histórico, disse. “É importante que os três países cooperem para garante da segurança e estabilidade na região”, sublinhou, vincando que “o sector privado timorense será a máquina da economia nacional”.
A concluir, José Luís Guterres insistiu na importância do sector da energia, tendo em conta as abundantes jazidas petrolíferas e de gás natural no Mar de Timor: “O governo já por diversas vezes manifestou que na exploração destes os recursos quer mais benefícios para a população, defendendo a extensão de um ‘pipeline’ até à costa sul”.
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