Macau, China, 08 Set - A meta de US$ 50 bilhões para o fluxo comercial (exportações e importações) entre a China e os países de língua portuguesa, inicialmente prevista para 2009, deve ser superada já neste ano, resultado de um aumento recorde no primeiro semestre.
Nos seis primeiros meses deste ano, o fluxo comercial entre os oito países de língua portuguesa e a China aumentou 91,5%, para US$ 36,10 bilhões, com destaque para Angola e Brasil.
O aumento representa uma aceleração em relação ao ritmo de crescimento das trocas entre a China e os países lusófonos, então da ordem de 30% ao ano.
Em relação aos seis primeiros meses de 2007, as exportações da China aumentaram 79,9% para US$ 10,74 bilhões, enquanto as importações chinesas chegaram a US$ 25,37 bilhões, um aumento de 96,9%.Até Junho deste ano, o Brasil manteve-se como o principal parceiro comercial da China entre os países lusófonos, com trocas totais de US$ 21,42 bilhões, um aumento de 78,4% face ao período homólogo de 2007.
A China já é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, e o mercado brasileiro é o maior destino dos bens e serviços chineses na América Latina.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (APEX) prevê que o comércio entre os dois países vai dobrar, nos próximos cinco anos, com destaque para matérias-primas brasileiras e bens de consumo chineses.
Nos seis primeiros meses deste ano, entretanto, o maior aumento nas trocas comerciais entre a China e os países lusófonos, foi registrado com Angola, um crescimento de 137% para US$ 13,35 bilhões.As exportações da China cresceram 130,3% para US$ 1,17 bilhão, enquanto as importações chinesas de Angola somaram US$ 12,18 bilhões, um aumento de 137,8%, no período em análise.
A exportação angolana para a China é basicamente petróleo, enquanto as exportações chinesas variam entre materiais de construção, máquinas, automóveis e bens de consumo.Entre 2003 e 2006, o fluxo comercial entre a China e os países lusófonos mais que triplicou para um total US$ 34 bilhões.
No ano passado, o aumento das trocas comerciais foi de 46,9% em relação a 2006.O crescimento do fluxo comercial é resultado do aumento da importação e da exportação de bens e serviços, mas também da alta dos preços das matérias-primas.
O aumento deverá superar já este ano a meta de US$ 50 bilhões, inicialmente prevista para 2009, para o fluxo comercial entre a China e os países lusófonos.
Entre os demais países lusófonos, destaca-se no primeiro semestre o aumento das trocas comerciais com São Tomé e Príncipe (97,4%) e Moçambique (35,1%).
Foram principalmente as exportações da China que aumentaram nas trocas com São Tomé (94,3% para US$ 860 mil) e também com Moçambique (59,8% para US$ 105,08 milhões).
Nas trocas com a Guiné-Bissau, as importações da China aumentaram 368,3% para US$ 690 mil.
Portugal manteve-se como o terceiro maior parceiro comercial chinês entre os países lusófonos, com um aumento das exportações da China de 18% e uma queda das importações de 33,3%.No total, as trocas sino-portuguesas atingiram US$ 1,15 bilhão, um aumento de 6,7% no período em análise.
Menos favorável foi a evolução das transações com Cabo Verde (queda de 3,4%) e principalmente com Timor Leste (queda de 43,1%).No caso cabo-verdiano, as trocas não passaram de US$ 7,47 milhões e no timorense dos US$ 2,93 milhões - em ambos os casos praticamente exportações chinesas.
Fonte: www.macauhub.com.mo/
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