Xangai, China 13/07/2010 14:04 (LUSA)
Temas: Economia, Negócios e Finanças, comércio externo, Política, Diplomacia
*** Serviço vídeo e serviço áudio disponíveis em www.lusa.pt ***
Sílvia Reis, enviada da Agência Lusa
Xangai, China, 13 jul (Lusa) – O Presidente de Timor-Leste afirmou hoje que as relações com a China “são excelentes em todos os domínios”, salientando que o país de língua portuguesa tem sido “beneficiário de muita ajuda” do gigante asiático.
“Temos relações de estado, conduzidas pelos dois respetivos governos, assentes nos princípios que os dois governos subscrevem de respeito mútuo, de respeito pela nossa independência, integridade territorial, cooperação mútua para beneficio da paz, estabilidade na região”, disse José Ramos-Horta em Xangai, na China, onde hoje participa no dia de Timor-Leste na Expo 2010.
O chefe de Estado adiantou que as relações entre os dois países “alargaram-se para outros domínios”, como a economia, anotando que “a China hoje tem uma presença significativa em Timor-Leste na área de investimentos”.
A este propósito, deu o exemplo a participação da China num investimento de 400 milhões de dólares americanos que pretende levar eletricidade a todos os distritos de Timor-Leste até dezembro de 2011.
Ramos-Horta apontou ainda a aquisição de embarcações à China para a “defesa marítima” de Timor-Leste, sendo que o contrato com a empresa chinesa inclui formação a elementos das forças armadas timorenses.
O chefe de Estado acrescentou que as relações comerciais de Timor-Leste são, “naturalmente” e, “sobretudo, com os países vizinhos mais imediatos”.
“A maior parte do nosso comércio é por exemplo com a Indonésia, com a Austrália e, cada vez mais, com a China na compra de produtos de consumo, mas também de equipamento”, notou, considerando que as relações comerciais com os estados da Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP) “são muito limitadas pela distância grande que separa Timor-Leste de Portugal ou do Brasil”.
Ramos-Horta admitiu que através do Fórum CPLP-China, sediado em Macau, “procura-se incentivar ainda mais as relações da China com a CPLP”, mas observou que “essas relações fazem-se mais no plano bilateral do que através de algum organismo multilateral ou regional”.
“Veja as relações da China com Portugal ou hoje da China com Angola, não se faz via o Fórum CPLP em Macau, faz-se via bilateral”, referiu.
Segundo o presidente timorense, “o fórum talvez seja muito mais útil, prático, para em parceria com as embaixadas de cada país em Beijing [Pequim] de dar informações para os investidores chineses sobre o potencial dos mercados em cada país da CPLP”.
“Pode ajudar nesse sentido de disseminação de informações de cada país ou de disseminação de informações da China para cada um dos países da CPLP”, acrescentou Ramos-Horta.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Fim
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Sílvia Reis, enviada da Agência Lusa
Xangai, China, 13 jul (Lusa) – O Presidente de Timor-Leste afirmou hoje que as relações com a China “são excelentes em todos os domínios”, salientando que o país de língua portuguesa tem sido “beneficiário de muita ajuda” do gigante asiático.
“Temos relações de estado, conduzidas pelos dois respetivos governos, assentes nos princípios que os dois governos subscrevem de respeito mútuo, de respeito pela nossa independência, integridade territorial, cooperação mútua para beneficio da paz, estabilidade na região”, disse José Ramos-Horta em Xangai, na China, onde hoje participa no dia de Timor-Leste na Expo 2010.
O chefe de Estado adiantou que as relações entre os dois países “alargaram-se para outros domínios”, como a economia, anotando que “a China hoje tem uma presença significativa em Timor-Leste na área de investimentos”.
A este propósito, deu o exemplo a participação da China num investimento de 400 milhões de dólares americanos que pretende levar eletricidade a todos os distritos de Timor-Leste até dezembro de 2011.
Ramos-Horta apontou ainda a aquisição de embarcações à China para a “defesa marítima” de Timor-Leste, sendo que o contrato com a empresa chinesa inclui formação a elementos das forças armadas timorenses.
O chefe de Estado acrescentou que as relações comerciais de Timor-Leste são, “naturalmente” e, “sobretudo, com os países vizinhos mais imediatos”.
“A maior parte do nosso comércio é por exemplo com a Indonésia, com a Austrália e, cada vez mais, com a China na compra de produtos de consumo, mas também de equipamento”, notou, considerando que as relações comerciais com os estados da Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP) “são muito limitadas pela distância grande que separa Timor-Leste de Portugal ou do Brasil”.
Ramos-Horta admitiu que através do Fórum CPLP-China, sediado em Macau, “procura-se incentivar ainda mais as relações da China com a CPLP”, mas observou que “essas relações fazem-se mais no plano bilateral do que através de algum organismo multilateral ou regional”.
“Veja as relações da China com Portugal ou hoje da China com Angola, não se faz via o Fórum CPLP em Macau, faz-se via bilateral”, referiu.
Segundo o presidente timorense, “o fórum talvez seja muito mais útil, prático, para em parceria com as embaixadas de cada país em Beijing [Pequim] de dar informações para os investidores chineses sobre o potencial dos mercados em cada país da CPLP”.
“Pode ajudar nesse sentido de disseminação de informações de cada país ou de disseminação de informações da China para cada um dos países da CPLP”, acrescentou Ramos-Horta.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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