Washington, Estados Unidos da América, 31 Mar – As relações económicas e diplomáticas de Timor-Leste com a China estão em crescendo, apesar de recente polémica, e o potencial energético e as infra-estruturas projectadas no país lusófono oferecem oportunidades para as empresas chinesas, de acordo com a Fundação Jamestown.
Em relatório divulgado este mês, os investigadores da fundação norte-americana definem o acesso às reservas de petróleo e gás timorenses como “um dos principais interesses” da China no país lusófono, embora até agora “sem grandes sucessos”, nomeadamente no “on-shore”, que foi prospectado pela PetroChina em 2005.
“O maior prémio para a China seria aceder às reservas de gás natural liquefeito (GNL) de Timor-Leste”, nomeadamente do campo “Greater Sunrise” avaliadas em 8,3 triliões de pés cúbicos, além de 300 milhões de barris de petróleo em rama, referem.
Em cima da mesa está a construção de um gasoduto para uma central de processamento em território timorense, projecto que estará a ser seguido muito de perto pelas energéticas públicas chinesas, interessadas na construção e na compra do gás.
“A Coreia do Sul e a Tailândia mostraram-se muito interessadas em comprar GNL de Timor-Leste, embora o seu entusiasmo tenha arrefecido devido à crise financeira global e preços energéticos em quebra. Pequim, apostando num aumento do preço dos hidrocarbonetos assim que se desencadeie a inevitável recuperação económica, deverá ter uma perspectiva mais de longo prazo”, refere o relatório.
“Desde a independência de Timor-Leste, a China estabeleceu-se como um importante actor nos assuntos diplomáticos e políticos do país. Mas o seu papel tem sido ampliado, sobretudo quando comparado com os da Austrália, Portugal, Indonésia e Estados Unidos”, refere o relatório do “think tank” norte-americano.
A China foi o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas com Timor-Leste, em 2002.
A ajuda oficial tem vindo a crescer continuamente, embora esteja ainda aquém da prestada pelos parceiros tradicionais e pelas Nações Unidas.
Tem sido empregue sobretudo na construção de edifícios públicos, nomeadamente os que albergam o Ministério dos Negócios Estrangeiros (entregue no início de 2008 com um custo de sete milhões de dólares), mas também o Palácio Presidencial e o Quartel-General das Forças Armadas timorenses (seis milhões de dólares cada), em construção.
Ao nível dos recursos humanos, nos últimos sete anos mais de 400 funcionários públicos e técnicos timorenses receberam formação na China, nas áreas de administração pública, planeamento económico, turismo, saúde, construção e tecnologia.
“Duas áreas de apoio chinês que têm sido particularmente úteis são a Saúde Pública e a Agricultura”, através, respectivamente, do envio de médicos e de um plano de plantio de arroz híbrido, sublinha a Fundação Jamestown.
A comunidade chinesa no país está estimada em até 3 mil pessoas.
O “think tank” norte-americano salienta ainda a continuidade da ajuda e a “manifestação de confiança nas perspectivas económicas”, mesmo nos períodos de instabilidade que o país tem vivido, o que tem contribuído para cativar o governo.
As trocas comerciais expandiram-se de 1,7 milhões de dólares em 2005 para 9,4 milhões, tornando a China no quarto maior parceiro comercial timorense.
Perspectiva-se este ano o lançamento de importantes projectos de infra-estruturas, como a construção do aeroporto, novas estradas, barragens e instalações portuárias, e espera-se a participação de construtoras chinesas, embora com “forte concorrência” de congéneres coreanas, indonésias e malaias. (Fonte: macauhub)
Em relatório divulgado este mês, os investigadores da fundação norte-americana definem o acesso às reservas de petróleo e gás timorenses como “um dos principais interesses” da China no país lusófono, embora até agora “sem grandes sucessos”, nomeadamente no “on-shore”, que foi prospectado pela PetroChina em 2005.
“O maior prémio para a China seria aceder às reservas de gás natural liquefeito (GNL) de Timor-Leste”, nomeadamente do campo “Greater Sunrise” avaliadas em 8,3 triliões de pés cúbicos, além de 300 milhões de barris de petróleo em rama, referem.
Em cima da mesa está a construção de um gasoduto para uma central de processamento em território timorense, projecto que estará a ser seguido muito de perto pelas energéticas públicas chinesas, interessadas na construção e na compra do gás.
“A Coreia do Sul e a Tailândia mostraram-se muito interessadas em comprar GNL de Timor-Leste, embora o seu entusiasmo tenha arrefecido devido à crise financeira global e preços energéticos em quebra. Pequim, apostando num aumento do preço dos hidrocarbonetos assim que se desencadeie a inevitável recuperação económica, deverá ter uma perspectiva mais de longo prazo”, refere o relatório.
“Desde a independência de Timor-Leste, a China estabeleceu-se como um importante actor nos assuntos diplomáticos e políticos do país. Mas o seu papel tem sido ampliado, sobretudo quando comparado com os da Austrália, Portugal, Indonésia e Estados Unidos”, refere o relatório do “think tank” norte-americano.
A China foi o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas com Timor-Leste, em 2002.
A ajuda oficial tem vindo a crescer continuamente, embora esteja ainda aquém da prestada pelos parceiros tradicionais e pelas Nações Unidas.
Tem sido empregue sobretudo na construção de edifícios públicos, nomeadamente os que albergam o Ministério dos Negócios Estrangeiros (entregue no início de 2008 com um custo de sete milhões de dólares), mas também o Palácio Presidencial e o Quartel-General das Forças Armadas timorenses (seis milhões de dólares cada), em construção.
Ao nível dos recursos humanos, nos últimos sete anos mais de 400 funcionários públicos e técnicos timorenses receberam formação na China, nas áreas de administração pública, planeamento económico, turismo, saúde, construção e tecnologia.
“Duas áreas de apoio chinês que têm sido particularmente úteis são a Saúde Pública e a Agricultura”, através, respectivamente, do envio de médicos e de um plano de plantio de arroz híbrido, sublinha a Fundação Jamestown.
A comunidade chinesa no país está estimada em até 3 mil pessoas.
O “think tank” norte-americano salienta ainda a continuidade da ajuda e a “manifestação de confiança nas perspectivas económicas”, mesmo nos períodos de instabilidade que o país tem vivido, o que tem contribuído para cativar o governo.
As trocas comerciais expandiram-se de 1,7 milhões de dólares em 2005 para 9,4 milhões, tornando a China no quarto maior parceiro comercial timorense.
Perspectiva-se este ano o lançamento de importantes projectos de infra-estruturas, como a construção do aeroporto, novas estradas, barragens e instalações portuárias, e espera-se a participação de construtoras chinesas, embora com “forte concorrência” de congéneres coreanas, indonésias e malaias. (Fonte: macauhub)